XIII
Então, pararam num beco. A noite começava a dar vez a manhã e os primeiros raios de sol apareciam tímidos no horizonte.
A fúnebre figura o ergueu do chão. E os dois estavam diante duma parede.
E as trepadeiras começaram a se abrir, numa passagem para fora daquele lugar.
Ele via mais uma vez o seu vilarejo.
Pode ver as pessoas passando.
As crianças correndo. Os homens indo trabalhar. As velhas senhoras. Carroças e cavalos. As árvores retorcidas e casas pobres.
A incidência dos raios matinais tornaram a cena esplendorosa. Como um milagre que acontece diante dos seus olhos.
Tudo como sempre foi. Agora, ele podia retornar ao seu lar e viver sua vida.
Os olhos molhados começaram a gotejar o chão de pedra.
Ele via a liberdade ao seu alcance.
Mas quando pensou em sair para junto do vilarejo, novamente habitado, suas pernas não lhe obedeceram.
E ele também não fez grande esforço para contrariar isso.
Olhou mais uma vez. As velhas senhoras observam tudo e todos. Os mesmo homens de expressões cansadas.
As crianças correndo dum lado para o outro – que mal sabiam o que o tempo lhes guardava – e tudo o mais que ele viu e viveu por anos. E continuaria a viver.
Recuou um passo. A outra perna seguiu. Recuando.
O homem o olhou. Ele olhou para o homem. Com expressão tranqüila, ele voltou o olhar a passagem. Esta começou a se fechar lentamente.
A visão do vilarejo e das pessoas foi se perdendo.
As folhagens se entrelaçarem até se fecharam na parede sólida de outrora.
Tudo voltou a ficar escuro. Os raios de sol foram encobertos por nuvens negras.
Não voltaria uma vez mais à vida miserável e sem sentido que levava.
Ficaria ali mesmo, naquele jardim. Naquele jardim que o fascinou durante muito tempo. E agora fascinava ainda mais.
Mesmo que não hospitaleiro. E o botará a provações. Ele não sairia mais dali.
Ficaria ali. Amando aquilo que sempre amou.
E não tentando amar algo que jamais irá amar.