Olá amiguinhos. =]
Bom vê-los por aqui novamente.
É sábado, e são quase 5 da manhã, eu to vendo TV (não, não é cine prive! ¬¬ ), ouvindo musicas, e comendo bolacha. E agora estou a pensar no que vou escrever para postar no meu blog (na verdade, eu já tenho o tema, só não sei por onde começar. Disse que ia pensar no que escrever pra encher lingüiça. Se bem que tem gente que reclama que eu escrevo demais, então acho que não deveria estar escrevendo tanto, enfim...)
Eu poderia escrever sobre os ótimos programas que passam de madrugada na TV, mas não é esse meu tema (pêra, eu adoro esse seriado XD ).
Bem, vamos à mais um capitulo da minha vida...
Lá pelos meus 12 anos, eu resolvi deixar meu cabelo crescer. Uma decisão não das mais apoiadas pelos meus pais (como muitas das outras), mas deixei. Dos 12 aos 20 eu não coloquei mais meus pés num cabeleireiro e quase deixei de saber o que era uma tesoura (sim, eu aparava as pontas. Não sejam tão exagerados).
Era um belo cabelo. Um cabelão! Chegava na cintura. Acho que a coisa que eu mais amei em minha vida foi meu cabelo XD
Volta e meia alguém me dizia "puxa, que cabelo legal cara!", ou então me "aconselhava" a cortar, dizendo que eu ficaria melhor de cabelo curto.
Até que chegou o dia em que eu resolvi corta-lo. Pra mudar de cara - e redescobrir as praticidades dum cabelo menor.
Agora, não muito diferente de antes, algumas pessoas dizem que eu fiquei melhor com esse "novo" cabelo. Enquanto outras ficam dizendo que eu deveria corta-lo de maneira diferente, que eu deveria pintar ele de verde florescente; por bolinhas de natal presas a ele... E alguns poucos me chamam de idiota por eu ter cortado o cabelo.
O mais engraçado nisso tudo, é que nesses oito anos da minha vida, não me recordo de nenhuma única pessoa que tenha se preocupado em saber se EU gostava do MEU cabelo.Mesmo ele sendo gigante, mesmo ele sendo curto. E o que mais me entristece (e preocupa) é acreditar que ninguém jamais vai me perguntar isso.
O cabelo foi apenas um exemplo. O ponto que eu tento tocar nesse post é sobre o egoísmo das pessoas.
E eu tenho certeza de que agora, você ao ler isso, também começa a se revoltar com as situações que vive, onde todos ao seu redor sempre sabem o que é melhor e pior pra você.
Veja só à que ponto chegamos: todos sempre acham que tem razão sobre tudo.
E acabamos por nunca concordar com nada diferente do que pensamos. Humildade é usada apenas pra teatralidade - quando precisamos parecer legais, justos e bonzinhos (muito usado pra conseguir empregos, aumento na mesada e sexo).
É simplesmente infernal ter alguém ao seu lado dizendo o que você deve fazer, como deve fazer, o que vestir, o que comer, como falar, como agir diante de cada situação...E falando isso incessantemente porque ELE acha que isso é o correto, e é o melhor pra VOCÊ
.
"Não, eu to falando isso pro teu bem. Porque eu sei o que é melhor pra ti. Eu me preocupo contigo! Não consegue ver isso?! Me preocupo sim..."
É (quase) impossível convencer uma pessoa ao contrário da opinião dela. As pessoas são burras, e a vaidade é algo que nós impede de admitir um erro. Poucos são aqueles com coragem pra dizer: “OK, eu estou errado.”
No meu ponto de vista, o erro é deixar de admitir que se está absurdamente equivocado (mas que bela palavra essa, não?! =D ), ainda mais quando se tem consciência disso.
"Ah, cara, tu tá exagerando"
Não. Eu não to exagerando.
Conseguem imaginar o que é um pai sempre dizendo o que é o melhor pro teu futuro, sem ao menos ele saber o que você deseja pro TEU futuro?
Conseguem imaginar uma mãe dizendo o que é o melhor pra ti, o que tu gosta de comer no almoço, sem saber do que TU realmente gosta?(minha mãe me comprou três camisas laranjas, e eu ODEIO laranja!)
Conseguem imaginar um amigo dizendo o tempo todo em qual menina VOCÊ deve dar em cima, pra quem dar mole, sem que ao menos ele saiba quem realmente TE atrai?
Conseguem imaginar uma namorada dizendo como você deve se comportar, o que deve vestir, com quem deve andar, sem ela ao menos saber se VOCÊ gosta do que ela está propondo?
Acreditem, isso pode jogar um homem no fundo do poço - e o que não vai impedir que ele afunde mais ainda.
Meu conselho?
"Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia."
Calado.
"Desculpa..."
- Primeiro: manda todos a merda. Mas faça isso de maneira mais educada, não vamos nos esquecer que ainda somos civilizados. Na primeira intervenção desses malditos intrusos, pare no lugar, olhe seriamente para eles e diga alto e bom tom: "Será que dá pra tirar o dedo do meu cu pra que eu possa respirar?!"
Tá bom, tá bom... Fale de maneira decente. Diga a eles: "Ei, já parou pra pensar o que EU acho do MEU cabelo? Será que tu é tão egoísta assim?"
- Segundo: afastesse.Tire essas pessoas da sua vida. Dificilmente elas vão parar de palpitar na sua vida.
Mas tem que cortar o mal pela raiz. Primeiro manda pro inferno. Depois sai de perto deles. Faça tudo isso, pra não ficar remoendo péssimas lembranças.(e vai ser bem mais divertido gargalhar loucamente ao lembrar da cara do infeliz quando você jogou na face dele tudo isso citado acima).
A minha amiga psicóloga me disse hoje que esse tipo de comportamento é um reflexo que as pessoas fazem sobre as outras: colocando a imagem delas sobre os outros, por achar que é a melhor maneira de fazer as coisas é a delas. Crendo que o que elas fazem é o correto.
Isso é o que faz a gente perder tempo cuidando da vida dos vizinhos, xingando o técnico do time de futebol, assistindo novelas enquanto pode fazer algo mais útil, lendo sobre a interessantíssima vida de gente famosa, e com todos ao nosso redor – os conhecendo ou não.
Isso acontece com todo mundo o tempo todo. Pessoas certas de que sabem o que é o certo e o que é o errado. E certas de que podem aconselhar você e o mundo, e que estarão fazendo a coisa certa.Até o dia em que eu olhar pras elas, e levantar o dedo inquisidor! Ai elas vão dizer que eu é quem estou errado...
Eu já aprendi tudo o que precisava saber sobre as pessoas: todas elas são arrogantes, egoístas e cheias de si.
E eu não sou uma exceção.