Sunday, July 30, 2006

Amor

"O amor é um desejo que se esconde no fundo do seu coração, e só você conhece."

Do filme Vida Bandida.

Thursday, July 13, 2006

“...O jovem fidalgo emudeceu e franziu o cenho.”

Olá, meus caros (e poucos) leitores.

Estive eu, viajando por alguns blog's, e vi que quase todos sempre tratam de assuntos sérios e reflexivos... Sempre tentando racionalizar fatos e teorias. Sim, é isso muito interessante. Ajuda a exercitar a mente, desenvolver o bom senso... Excelente isso!Mas acredito que nessa preocupação exagerada, e no (péssimo) hábito de acharmos estar sempre com a razão, nos perdemos nessa pregação "filosófica" virtual, e a acabamos esquecendo que quanto mais pensamos na vida mais difícil fica alcançar a felicidade. Pois quando se começa a analisar demais as diferentes ocasiões que a vida já nos deu, e as que podem vir a surgir, sempre encontramos problemas (ou os criamos).E por fim, acabamos nos perdendo e esquecendo que na vida - ainda - existe alegria, descontração, felicidade! =D

Acho um hábito grotesco esse de ficar procurando sentido ocultos em filmes e livros, buscando mensagens moralistas que batem de frente contra os padrões sociais atuais, e todo isso ritmo da vidinha ativista...

Pelo amor de Deus! (que no momento está cavalgando), vamos nos divertir! Esquecer um pouco que o mundo está uma merda. Que as pessoas são grotescas!

Então, eu resolvi, nessa postagem, dar de presente à vocês - meus fofinhos leitores -, uma bela piadinha:

Num ônibus, um padre senta ao lado de um sujeito completamente bêbado, que tenta, com muita dificuldade, ler o jornal.
Logo, com voz empastada, o bêbado pergunta ao padre:
- O senhor sabe o que é artrite?
Irritado, o pároco respondeu: - É uma doença provocada pela vida pecaminosa e desregrada: Mulheres, promiscuidade, farras, excesso do consumo de álcool e outras coisas!
O bêbado calou-se e continuou com os olhos fixos no jornal.
Alguns minutos depois, achando que tinha sido muito duro com o bêbado, o padre tenta amenizar.
- Há quanto tempo o senhor está com artrite?
- Eu? Eu não tenho isso não! Segundo esse jornal aqui, quem tem é o Papa!!!

Gostaram? =D

Bem, então paremos de refletir tanto sobre a vida, e passemos a vive-la mais! =D

Reflitam sobre isso... XD

Sunday, July 09, 2006

“... Sei perfeitamente onde estou. Meu senso de direção é infalível...”

Olá amiguinhos. =]

Bom vê-los por aqui novamente.
É sábado, e são quase 5 da manhã, eu to vendo TV (não, não é cine prive! ¬¬ ), ouvindo musicas, e comendo bolacha. E agora estou a pensar no que vou escrever para postar no meu blog (na verdade, eu já tenho o tema, só não sei por onde começar. Disse que ia pensar no que escrever pra encher lingüiça. Se bem que tem gente que reclama que eu escrevo demais, então acho que não deveria estar escrevendo tanto, enfim...)

Eu poderia escrever sobre os ótimos programas que passam de madrugada na TV, mas não é esse meu tema (pêra, eu adoro esse seriado XD ).

Bem, vamos à mais um capitulo da minha vida...
Lá pelos meus 12 anos, eu resolvi deixar meu cabelo crescer. Uma decisão não das mais apoiadas pelos meus pais (como muitas das outras), mas deixei. Dos 12 aos 20 eu não coloquei mais meus pés num cabeleireiro e quase deixei de saber o que era uma tesoura (sim, eu aparava as pontas. Não sejam tão exagerados).
Era um belo cabelo. Um cabelão! Chegava na cintura. Acho que a coisa que eu mais amei em minha vida foi meu cabelo XD
Volta e meia alguém me dizia "puxa, que cabelo legal cara!", ou então me "aconselhava" a cortar, dizendo que eu ficaria melhor de cabelo curto.
Até que chegou o dia em que eu resolvi corta-lo. Pra mudar de cara - e redescobrir as praticidades dum cabelo menor.
Agora, não muito diferente de antes, algumas pessoas dizem que eu fiquei melhor com esse "novo" cabelo. Enquanto outras ficam dizendo que eu deveria corta-lo de maneira diferente, que eu deveria pintar ele de verde florescente; por bolinhas de natal presas a ele... E alguns poucos me chamam de idiota por eu ter cortado o cabelo.

O mais engraçado nisso tudo, é que nesses oito anos da minha vida, não me recordo de nenhuma única pessoa que tenha se preocupado em saber se EU gostava do MEU cabelo.Mesmo ele sendo gigante, mesmo ele sendo curto. E o que mais me entristece (e preocupa) é acreditar que ninguém jamais vai me perguntar isso.

O cabelo foi apenas um exemplo. O ponto que eu tento tocar nesse post é sobre o egoísmo das pessoas.

E eu tenho certeza de que agora, você ao ler isso, também começa a se revoltar com as situações que vive, onde todos ao seu redor sempre sabem o que é melhor e pior pra você.

Veja só à que ponto chegamos: todos sempre acham que tem razão sobre tudo.
E acabamos por nunca concordar com nada diferente do que pensamos. Humildade é usada apenas pra teatralidade - quando precisamos parecer legais, justos e bonzinhos (muito usado pra conseguir empregos, aumento na mesada e sexo).

É simplesmente infernal ter alguém ao seu lado dizendo o que você deve fazer, como deve fazer, o que vestir, o que comer, como falar, como agir diante de cada situação...E falando isso incessantemente porque ELE acha que isso é o correto, e é o melhor pra VOCÊ
.
"Não, eu to falando isso pro teu bem. Porque eu sei o que é melhor pra ti. Eu me preocupo contigo! Não consegue ver isso?! Me preocupo sim..."

É (quase) impossível convencer uma pessoa ao contrário da opinião dela. As pessoas são burras, e a vaidade é algo que nós impede de admitir um erro. Poucos são aqueles com coragem pra dizer: “OK, eu estou errado.”
No meu ponto de vista, o erro é deixar de admitir que se está absurdamente equivocado (mas que bela palavra essa, não?! =D ), ainda mais quando se tem consciência disso.

"Ah, cara, tu tá exagerando"
Não. Eu não to exagerando.
Conseguem imaginar o que é um pai sempre dizendo o que é o melhor pro teu futuro, sem ao menos ele saber o que você deseja pro TEU futuro?
Conseguem imaginar uma mãe dizendo o que é o melhor pra ti, o que tu gosta de comer no almoço, sem saber do que TU realmente gosta?(minha mãe me comprou três camisas laranjas, e eu ODEIO laranja!)

Conseguem imaginar um amigo dizendo o tempo todo em qual menina VOCÊ deve dar em cima, pra quem dar mole, sem que ao menos ele saiba quem realmente TE atrai?
Conseguem imaginar uma namorada dizendo como você deve se comportar, o que deve vestir, com quem deve andar, sem ela ao menos saber se VOCÊ gosta do que ela está propondo?
Acreditem, isso pode jogar um homem no fundo do poço - e o que não vai impedir que ele afunde mais ainda.

Meu conselho?
"Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia."
Calado.
"Desculpa..."

- Primeiro: manda todos a merda. Mas faça isso de maneira mais educada, não vamos nos esquecer que ainda somos civilizados. Na primeira intervenção desses malditos intrusos, pare no lugar, olhe seriamente para eles e diga alto e bom tom: "Será que dá pra tirar o dedo do meu cu pra que eu possa respirar?!"
Tá bom, tá bom... Fale de maneira decente. Diga a eles: "Ei, já parou pra pensar o que EU acho do MEU cabelo? Será que tu é tão egoísta assim?"

- Segundo: afastesse.Tire essas pessoas da sua vida. Dificilmente elas vão parar de palpitar na sua vida.
Mas tem que cortar o mal pela raiz. Primeiro manda pro inferno. Depois sai de perto deles. Faça tudo isso, pra não ficar remoendo péssimas lembranças.(e vai ser bem mais divertido gargalhar loucamente ao lembrar da cara do infeliz quando você jogou na face dele tudo isso citado acima).

A minha amiga psicóloga me disse hoje que esse tipo de comportamento é um reflexo que as pessoas fazem sobre as outras: colocando a imagem delas sobre os outros, por achar que é a melhor maneira de fazer as coisas é a delas. Crendo que o que elas fazem é o correto.

Isso é o que faz a gente perder tempo cuidando da vida dos vizinhos, xingando o técnico do time de futebol, assistindo novelas enquanto pode fazer algo mais útil, lendo sobre a interessantíssima vida de gente famosa, e com todos ao nosso redor – os conhecendo ou não.

Isso acontece com todo mundo o tempo todo. Pessoas certas de que sabem o que é o certo e o que é o errado. E certas de que podem aconselhar você e o mundo, e que estarão fazendo a coisa certa.Até o dia em que eu olhar pras elas, e levantar o dedo inquisidor! Ai elas vão dizer que eu é quem estou errado...

Eu já aprendi tudo o que precisava saber sobre as pessoas: todas elas são arrogantes, egoístas e cheias de si.
E eu não sou uma exceção.

Wednesday, July 05, 2006

"...Quem sois vós, jovem fidalgo?..."

Certa vez, li num orkut da vida aí, que em nossas vidas temos admiradores. Eles nós admiram por algumas características tidas como boas, em nossa personalidade.
E temos também “inimigos”. Na verdade, gente que não gosta da gente, que nos odeiam por características tidas como ruins em nossa personalidade (não necessariamente ruins, mas que não os agradam). Em ambos os casos, às vezes essas pessoas nem mesmo nos conhecem!
(“Loucura!”, diria meu amigo Rato)

Isso acontece com todo mundo: gente que gosta, e gente que não gosta de você.
Bem, se isso acontece com todo mundo, então eu sou igual a todo mundo. E todo mundo é igual a mim!
(“Loucura!”, diria meu amigo Rato, novamente)

“Tá, mas eu sou mó legal! E tenho mais amigos que o fulano. Então eu não sou igual a ele, logo não sou igual a todo mundo. Eu sou exceção! Uau! Já posso entrar praquela comunidade do orkut!” – diz você.

¬¬ , faria eu.

Defeitos existem aos montes: egoísmo, arrogância, falsidade, celulite, blá, blá, blá!
Qualidades também: solidariedade, vontade de ajudar, compreensão...

“Então a gente é igual a todo mundo ou diferente de todo mundo, hein garotão?”

No meu simplório ponto de vista somos diferentes uns dos outros. Somos singulares.

“Um gênio você! ¬¬” – dizem ironicamente alguns.
“Não fala asneira!” – dizem outros.

Bem, vamos a minha linha de raciocínio então: temos defeitos e qualidades, de fato. Todos nós.
Temos vários defeitos e várias qualidades. O que nós diferencia dos outros é a combinação destes. Não temos os mesmos defeito e as mesmas qualidades que nossos vizinhos (geralmente eles são chatos e ranzinzas, e nós somos super legais. Eu adoraria ser meu vizinho).

“Ah, mas eu conheço dois caras que são praticamente a mesma pessoa. E agora, sabichão?!”
Em algum momento o grau de intensidade nos defeitos ou qualidades deles vai variar. Nem se eles fossem gêmeos seria idênticos (cientificamente comprovado).
Se os dois são chatos, tenho certeza de que em um dado momento você vai dizer: o número 1 é muito mais chato que o número 2.


Em outra ocasião li num outro orkut que existe algo dentro de nós que é imutável. Chama-se essência.

“Tu adora ler orkut´s alheios, não é?”
É.

A nossa essência é o que vai definir que somos, e como somos.
Esse mesmo orkut dizia que a essência é imutável, seja em nós, ou seja, nos outros.
Também discordo.

“Nossa, tu deve ser muito chato!”
Nada. Sou mó legal! =D

Bem, eu acredito que nossa essência possa ser alterada. Nosso comportamento pode ser modificado. É um processo longo e chato. E não deve ser dos mais divertidos.

“Mas qualquer um pode fazer isso, pra se passar por outro tipo de pessoa” - diz você.

Realmente. E se passar a fazer isso por muito tempo acaba se tornando algo natural. E nem sempre essa mudança é algo bom. Então, essa se torna a nossa nova essência.
Essa induções mentais são muito fortes – quando funcionam.

“Aonde tu quer chegar afinal de contas?”

Após todo esse papo preparatório sobre personalidade, estive eu filosofando sobre a minha.
Não sou o homem com os movimentos mais graciosos do mundo, e volta e meia um amigo meu me diz:
- Nossa, tu é um ogro cara!

Isso me faz pensar...
Minha mão às vezes é mais pesada do que eu imagino. Minha pressa pra sentar faz a cadeira quase desmontar. E minha mãe sempre diz que um dia eu vou atravessar a porta pela parede.
Isso tudo me faz pensar.

Às vezes eu tento ser mais delicado. Mas às vezes eu simplesmente esqueço.

E agora? Será que a minha natureza é ser um troll? Abrindo portas com os pés, e furando tijolos com os dedos.

Ou será que a minha natureza é esconder toda minha brutalidade? Vestindo uma máscara me fazendo o mais delicado e dócil possível. E será que após todo esse “fingimento” eu me torne uma pessoa mais delicada, como se passasse por uma lavagem cerebral?

Ou ainda, será que fui condicionado a acreditar que sou um troglodita?

E agora, qual a minha natureza? Qual a minha essência? Quando a minha brutalidade será um defeito? E quando será uma qualidade?
“Pera... tu me fez ler isso tudo pra falar dos teus problemas existenciais?!”

O blog é meu, ué.

Tuesday, July 04, 2006

Mickey Satan Mouse - By Sir Edwar, O terrível!

Primeiro ato

Era manhã.
E pela estrada de chão que brotava da floresta, um jovem homem caminhava tranqüilamente.
Bem trajado, o homem admirava as nuvens e os pássaros.
Ao longe, outro homem vinha em direção oposta e logo ambos se cruzariam. E assim foi.

- Bela manhã - disse o homem de barba e cabelos brancos, roupas acinzentadas e a face maltrata pelo tempo, puxando um asno por uma corda já um tanto quanto desfiada.
- Bela manhã, meu bom homem. - respondeu cordialmente o jovem homem.
- Quem sóis vós, jovem fidalgo? - questionou o senhor grisalho.
- Não me conheces, homem? - retrucou assustado o rapaz.
- Desculpe, mas jamais o vi por estas terras, senhor.
- Mas de que terras falas, homem? Do jeito que falas, é como se fosse este um país estrangeiro.
- Falo destas terras, meu bom senhor. Destas onde eu nasci, assim como meu pai, e o pai de meu pai. Então para mim não são terras estranhas. Mas talvez para ti, elas sejam.
- Não diga tolices, homem. Terras estranhas... Que absurdo... Conheço este reino como a palma da minha mão. Sei perfeitamente onde estou. Meu senso de direção é infalível.
- Então diga para onde caminhas, senhor.
- Ora essa! Agora tenho eu, um nobre, que prestar contas a um plebeu...
Presta atenção, velho: se eu caminhar mais três léguas à frente, chegarei até a praça do reino, onde jorra água da fonte que acomoda a estátua da rainha.
- Praça?... Fonte?...
- Exato.
- Senhor, se caminhares mais três léguas à frente, só encontrarás estradas de terra, assim como esta em que pisamos. E o mesmo se caminhares quatro léguas, ou cinco, ou dez. Até que chegues à mata fechada.

O jovem fidalgo emudeceu e franziu o cenho.
- Será que aqueles malditos moleques me mandaram fazer a curva na árvore errada?...